quinta-feira, 30 de julho de 2015

O Fenômeno da Lua Azul

Na quinta, dia 30 de julho, acontece o fenômeno da Lua Azul.

Mas, enfim, a lua vai mesmo ficar azul?
Para aqueles animados com a possibilidade de ver o astro azulado, infelizmente, a resposta é não.


Lua Azul vista em 2012 do Equador.


O que, de fato, é a Lua Azul?
"Lua Azul" é o nome que os astrônomos de hoje dão para a ocorrência de duas luas cheias em um mesmo mês. Isso acontece porque o mês terrestre tem em média 30,5 dias, enquanto o tempo que nosso satélite leva para girar em torno do planeta é de 29,5 dias. Assim, cada ano em um calendário solar, contém quase 11 dias a mais que o ano lunar. A diferença, além de fazer com que as fases da Lua não caiam sempre no mesmo dia, origina o fenômeno da lua azul. Por isso, quando a primeira lua cheia aparece no começo do mês, há a possibilidade de completar o ciclo antes do fim do calendário.

De onde surgiu o nome?
O nome surgiu devido a expressão popular inglesa "once in a blue moon" ("uma vez a cada lua azul" - algo como o nosso "no dia de São Nunca"). Conta-se que o termo foi registrado pela primeira vez em um panfleto de 1524. Desde então, a expressão "once in a blue moon" passou a significar uma ocorrência rara.
O uso do nome para o fenômeno astronômico tem origem numa interpretação incorreta desta definição feita pelo editor James Hugh Pruett da revista Sky and Telescope em 1946. Desde a publicação, esta definição tem sido difundida e acabou tornando-se dominante. No entanto, diferentemente do que ele pensava, a Lua Azul não é um fenômeno tão raro assim. A repetição da lua cheia em um mês é um fenômeno que ocorre, aproximadamente, a cada três anos.
A última aconteceu em agosto de 2012 e a próxima será agora, dia 30 de julho de 2015.
Já em 2018, o fenômeno deve ser duplicado: ao invés das 12 luas cheias que geralmente ocorrem, o ano terá 14. Isso acontece quatro ou cinco vezes a cada século.

Então a Lua nunca ficará mesmo azul?
Nas ocasiões dos fenômenos de Lua Azul, nosso satélite continua prateado como sempre. Mas não é impossível ver, um dia, uma Lua realmente azul. Isso pode acontecer quando o céu tem grande quantidade de partículas suspensas, capazes de interferir na refração da luz. Cinzas vulcânicas e fogos florestais podem tornar a lua colorida e, segundo a NASA, a concentração das partículas pode deixar até mesmo o sol com uma aparência mais acinzentada, ou violeta.
Uma das últimas luas realmente azuis a serem registradas ocorreu após a erupção do vulcão Krakatoa, na Indonésia, em 1883. Considerada a maior erupção vulcânica da história moderna, despejou poeira na atmosfera equivalente a uma explosão de 100 milhões de toneladas de dinamite (ou a uma bomba nuclear de 100 megatons). O impacto foi tão grande que, anos após a erupção, a lua ainda apresentava um tom azulado.
Há ainda outros relatos relacionados a erupções de vulcões como o Monte Santa Helena em 1980, El Chichon em 1983 e o Monte Pinatubo em 1912 .