Júpiter tem o campo magnético mais poderoso de todos os planetas do nosso sistema solar, e é quase 20 mil vezes mais forte que o da Terra. Este campo prende elétrons e outras partículas carregadas, incluindo íons de enxofre e oxigênio, de erupções vulcânicas em Io, uma outra lua de Júpiter. As partículas neste campo giram ao redor de Júpiter à uma taxa de cerca de 10 horas por circuito, enquanto Europa leva 3,6 dias para orbitar o planeta na mesma direção. E como a Lua da Terra, Europa tem um lado que é sempre voltado para longe da superfície de Júpiter. Isso significa que ela também tem um lado que está constantemente sendo bombardeado com partículas de alta velocidade, o que altera a química da superfície de Europa. Ao olhar para as observações da sonda Galileu, cientistas viram que certas regiões não tendem a ter ácido sulfúrico congelado. “Se você está interessado na composição e habitabilidade do oceano interior, os melhores lugares para estudar seriam as partes com as menores concentrações de ácido sulfúrico”, disse Dalton, um deles.
Os pesquisadores acreditam que esses lugares são os mais propensos a ter compostos químicos que se originaram do interior de Europa, e não resultado de reações químicas da superfície.
Por fim, temos a idade observada da superfície de Europa. É muito jovem, sem crateras de impacto. Em última análise, o que isso sugere é que tem de haver algum tipo de mecanismo geológico em exercício que está constantemente repondo o material de superfície para limpar o registro de impactos. Normalmente, o culpado é o vulcanismo, como aqui na Terra, mas em Europa parece ser o movimento do gelo da superfície em constante agitação. Este movimento substitui as superfícies antigas e mantém a aparência jovem da lua. Este é um dos maiores indicadores para a presença de um oceano.
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