quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Cometa ISON

O cometa ISON foi inicialmente observado pelos observatórios de Monte Lemmon e Panstarrs, nos EUA, em 2012 e teve sua órbita calculada com precisão a partir de observações feitas pelo astrônomo russo Artyom Novichonok e pelo seu colega Vitali Nevski, da Bielorússia, a quem cabem os créditos pela descoberta.


Sua órbita é do tipo hiperbólica, portanto não é considerado como parte do Sistema Solar (que tem órbitas elípticas).



Ao que tudo indica, o cometa teve origem na chamada Nuvem de Oort, uma hipotética região do espaço localizada a aprox. 7.5 trihões de quilômetros, onde supostamente os cometas e asteroides se formam.


Todos os cálculos indicam que a magnitude do cometa ISON será extremamente baixa durante o periélio (momento em que estará mais próximo ao Sol), fazendo-o brilhar mais forte que a Lua cheia. No entanto, de todos os corpos celestes conhecidos, os cometas são sem sombra de dúvida os mais temperamentais. Enquanto estão distantes e bem longe do Sistema Solar são bastante previsíveis e se comportam exatamente como o calculado pelas equações astronômicas, mas na medida em que começam a sentir a presença do Sol as coisas começam a mudar.
Os cometas são formados essencialmente de gelo e sua evaporação devido à presença do Sol cria ao redor do seu núcleo uma espécie de atmosfera, que os astrônomos chamam de coma ou cabeleira. Quanto mais se aproxima do Sol, a ação dos ventos solares sopra a coma em sentido oposto formando a cauda do cometa, que não raras vezes pode ultrapassar 100 milhões de quilômetros. Essa evaporação devido ao calor da estrela faz com que os cometas percam parte de sua massa, fazendo com que as suas características orbitais também mudem ligeiramente. E quanto mais perto do Sol, maior a evaporação do gelo e consequentemente maior a perda da massa cometária e maior também a coma e cauda criadas.


No caso do cometa ISON as coisas também funcionam dessa maneira, mas o períelio é que chama a atenção dos astrônomos. Estima-se que o ISON deverá chegar a apenas 1,2 milhão de quilômetros da superfície escaldante do Sol, a temperaturas de 2.700 graus Celsius (essa distância é 125 vezes menor do que a entre a Terra e o Sol) e ninguém sabe exatamente como o cometa vai se comportar nessas condições. Embora ele se desloque a uma velocidade de mais de 1 milhão de quilômetros por hora, no espaço reina o vácuo, portanto não haverá nenhum vento para refrescá-lo.


Alguns pensam que a massa congelada de fato sobreviverá e ressurgirá do outro lado do sol, embora um tanto diminuída pelo calor solar. Outros acreditam que se partirá em mil pedaços ou sequer sobreviverá. O especialista em cometas Carey Lisse acredita que o ISON "talvez tenha 30% de chances de sobreviver".
Realmente não há experiências anteriores às quais possamos nos remeter para avaliar ou prever o que vai acontecer e, por isso, o ISON é um objeto muito peculiar e fascinante.
Nas horas antes e depois de sua passagem próxima ao Sol, o Ison reluzirá tão forte que, mesmo no azul do céu diurno, ele poderá ser visto bem ao lado do Sol.
Seja como for, alguns satélites que monitoram as imediações do centro do sistema solar estão de olho no Ison.

Para acompanhar sua rota em tempo real, a NASA disponibilizou seus dados de localização no seguinte site: Cometison 2013

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